O progresso das ciências da saúde implica, cada vez mais, uma actividade multidisciplinar integrada que envolve profissionais com diferentes formações curriculares, específicas e diferenciadas.
O papel do Farmacêutico na sociedade actual varre âmbitos bem distintos que vão desde a investigação, preparação, controlo e dispensa de medicamentos, até áreas bem distintas de administração, ensino e análises clínicas. O Farmacêutico Hospitalar (FH) representa, em Portugal, uma pequena fatia deste universo de actividades farmacêuticas, chamando até si a responsabilidade pela qualidade, eficácia e segurança do medicamento dentro das unidades hospitalares.
Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares (SFH), regulamentados por diploma governamental (Decreto-Lei n.º 44204 de 2 de Fevereiro de 1962), constituem uma estrutura importante dos cuidados de saúde dispensados em meio hospitalar, e o FH é o profissional que, habilitado com o grau de especialista, é responsável pela problemática do medicamento a nível hospitalar. À sua responsabilidade estão questões de ordem técnica, científica e de gestão das várias actividades dos SFH.
Os SFH têm por objecto o conjunto de actividades farmacêuticas, exercidas em organismos hospitalares ou serviços a eles ligados, que são designadas por “actividades de Farmácia Hospitalar”. São departamentos com autonomia técnica e científica, sujeitos à orientação geral dos Órgãos de Administração dos Hospitais, perante os quais respondem pelos resultados do seu exercício. A direcção dos SFH é, obrigatoriamente, assegurada por um FH.
Os SFH devem assegurar a distribuição da terapêutica medicamentosa aos doentes do hospital, a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos, integrar as equipas de cuidados de saúde e promover acções de investigação científica e de ensino.
Pela sua ampla acção no âmbito dos medicamentos a nível hospitalar, os SFH efectuam a um vasto conjunto de ligações, de modo a obedecer às necessidades dos vários serviços do hospital e dos doentes tratados em regime de ambulatório.
